inn sanidade

não morra com a vida entalada na garganta.
não engula palavras. elas descem secas e sem testemunha.
palavras, quando nascem vivas, são como a arte que necessita do outro olhar: precisam encontrar ouvidos.
não morra com os sonhos espremidos no horizonte.
sonhos são sementes que necessitam do abraço da terra fértil. necessitam do plantio. carecem da colheita. pedem pela partilha em uma mesa farta de amor.
não morra com a dança trancafiada no porão. o movimento quer abraçar o vento e criar a cor que fica como marca de um pincel na superfície imaterial do fluir. o corpo solto transforma chão em música.

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